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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Transtorno da Ansiedade Generalizada - Efeito Bola de Neve

Fonte da imagem: http://canal.bufalo.info/2014/12/
investimentos-bufalescos-segurem-essa-bola-de-neve/
A ansiedade é normal até certos níveis. Passa a ser patológica quando começa a causar sofrimento. No entanto, se se caracteriza por uma tensão excessiva, um nervosismo crónico e preocupação excessiva, não podendo ser associada a uma situação ou objecto específico, apresentando-se de forma difusa, com um constante e indescritível sentimento de medo, apreensão e inquietação, estamos perante um Transtorno da Ansiedade Generalizada. 

Um dos problemas deste transtorno - além do sofrimento que causa só por si - é o efeito "bola de neve". Ou seja: a ansiedade generalizada gera um estado de vigília constante, ou seja, passa-se a estar demasiado atento a tudo o que se relacione com a nossa sobrevivência física ou a outros factores cujo desequilíbrio falha associamos a catástrofe um sofrimento insuportável, como o caso das relações, do emprego, etc.. Este estado de vigília e tensão permanente faz com que os pensamentos e preocupações relacionadas não saiam da nossa cabeça, eles aparecem como intrusos, independentes da nossa vontade. É impossível desligar a ficha, impedindo-nos de nos concentrar em outras coisas, de nos distrairmos e de relaxarmos.

Num estado assim, os músculos ficam tensos e rígidos, aparecem algumas dores no corpo, problemas gastrointestinais e náuseas e perturbações do sono (quem consegue dormir bem em estado de vigília constante!?... Se não dormirmos, se nunca nos sentimos relaxados, o que acontece é que nos iremos sentir cada vez mais cansados. No entanto, a par com este cansaço, o estado de hiper-vigília também aumenta. Então, em vez de cedermos ao cansaço e por exemplo dormirmos melhor, o que acontece é que cada vez nos é mais difícil relaxar e dormir. A ansiedade gera ansiedade, que por sua vez aumenta o estado de vigília; a dificuldade ou impossibilidade em descansar aumenta o cansaço, a falta de concentração, o medo, a tensão, as dores no corpo, a preocupação; isto alimenta a ansiedade e por aí adiante. Estamos perante um efeito bola de neve, com repercussões imprevisíveis na nossa vida, a todos os níveis. 

Como nos livrarmos disto e voltar à vida normal? Procurando ajuda. Nestes casos, há mesmo que procurar ajuda profissional, afim de parar esta escalada e invertê-la. Em casos extremos, a terapia farmacológica é fundamental, conjugada com psicoterapia. Dormir e relaxar é uma prioridade, por isso os calmantes ou indutores do sono reduzem um dos maiores sofrimentos decorrentes do Transtorno da Ansiedade Generalizada. Muitas vezes existem outras perturbações mentais associadas como depressão, ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, etc., daí que a terapia seja imprescindível tratar também estes problemas. A psicoterapia vai ajudar-nos a lidar com tudo.
O melhor é parar esta bola de neve de crescer. Actuar quando ela ainda é pequenina, pelo que devemos estar atentos ao facto de ela se estar a desenvolver, e pará-la o mais rápido possível, não deixando arrastar porque depois torna-se muito mais difícil e demorada a recuperação. 


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Os vários tipos de ansiedade - Correlação com o medo

Apesar de muitas vezes enfiados no mesmo saco, os transtornos psicológicos ligados à ansiedade têm diferenças entre si, quer em termos de sintomas ou mesmo de tratamento. Assim, convém antes de mais perceber quais as principais diferenças.

  • Ataques de Pânico - São episódios de ansiedade extrema de curta duração, com sintomas físicos bem marcados, tais como taquicardia, falta de ar, síncope, tonturas, sudorese.
  • Fobias específicas - medos injustificados e exagerados de algo ou alguma situação em particular. As crises são desencadeadas pela presença do objecto ou situação ou pela sua previsão ou possibilidade de ocorrência.
  • Stress pós-traumático - ocorre na sequência de um acontecimento com uma carga emocional negativa muito intensa (ex. acidentes, guerras, etc). A pessoa vivencia essa situação vezes sem conta, é como se tratasse de uma fotografia impressa na memória factual e emocional que não desaparece com o tempo, como seria normal.
  • Ansiedade generalizada - os sintomas associados à ansiedade comum (não patológica ou normal) encontram-se exacerbados, prolongam-se por muito tempo e perturbam o normal funcionamento da vida do indivíduo, causando marcado sofrimento. O seu objecto é indefinido.


O que pretendo analisar aqui é a relação entre a ansiedade generalizada e o medo irracional. Este tipo de ansiedade parece evoluir de situações de stress intenso e pode ser desencadeado por algum acontecimento stressante, ao qual o indivíduo não se conseguiu adaptar. Há uma correlação mórbida entre os sintomas físicos e o evoluir do quadro. A insegurança típica dos estados ansiosos associada à persistência dos sintomas físicos leva ao desenvolvimento do medo. É certo que se suprimíssemos esta emoção não teríamos ansiedade. É importante verificar aqui a presença de uma outra emoção que é a angústia. Esta última intensifica o sofrimento psicológico. Cria-se portanto um efeito bola de neve, no qual ansiedade gera medo que gera angústia que gera novamente ansiedade e assim por diante. Não se sabe ao certo o que desencadeia o quê, apenas que é impossível dissociá-los.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ansiedade Generalizada

Definição, caracteríscticas e diagnóstico

A ansiedade consiste na sensação decorrente de intensa excitação do sistema nervoso central face à identificação ou antecipação de algum perigo ou obstáculo potencial.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) consiste numa preocupação e ansiedade excessiva, tendo por base motivos injustificáveis ou desproporcionais ao grau de ansiedade observado, tendo em conta a frequência, a intensidade e a duração dos sintomas. Estes manifestam-se quase diáriamente, são contínuos e a sua duração é superior a seis meses. Distinguem-se da ansiedade normal e são tão extremos que se tornam difíceis de controlar e afectam a qualidade de vida do sujeito. De notar que a ansiedade só se torna

patogénica quando atinge estes níveis. Até aí ela é uma reacção normal e necessária, com fins adaptativos do indivíduo ao meio ambiente e à sociedade, restringe-se a uma determinada situação e, ainda que a gravidade e duração da situação seja extensa, há uma tendência do indivíduo de se adaptar a ela, diminuindo assim naturalmente o seu grau de desconforto.

Normalmente o tipo de preocupações são bastante normais e vulgares, que vão desde a situação financeira, profissional ou familiar. O foco mais comum destas preocupações costuma estar relacionado com a possibilidade de se adoecer com algo grave ou sofrer algum acidente. A constante atenção e vigilância face a esta possibilidade está também relacionada com o facto de se sentirem impotentes e incapazes de lidar com a situação perante a ocorrencia de tal facto. É frequente o indivíduo sentir inquietação, cansaço fácil, dificuldades de concentração, irritabilidade, tensão muscular e alterações do sono.

Para que estejamos perante o TAG é necessário que sejam afastados o diagnóstico de outros transtornos da ansiedade tais como a fobia social ou o pânico, entre outros, uso de substâncias ou doença física. O autodiagnóstico não é muito fiável, por mais informação que o se tenha sobre o tema, dado que os estados ansiosos alteram a percepção que o indivíduo tem de si mesmo ou do que lhe está a acontecer, comprometendo assim a sua imparcialidade, pelo que o indicado será a avaliação por um profissional de saúde especializado.

As características são (não exaustivas e variáveis de pessoa para pessoa em intensidade e frequência):

- Dificuldade para relaxar ou a sensação de que se está no limite do nervosismo;

- Cansaço fácil;

- Dificuldade de concentração e esquecimentos frequentes;

- Irritabilidade;

- Tensão muscular;

- Taquicardia;

- Espasmos e tremores;

- Hiperpneia (hiperventilação);

- Transtornos no sono (dificuldade para adormecer ou sono insatisfatório);

- Boca seca, pés húmidos, diarréia, náuseas, micção frequente, suor excessivo, sensação de bolo na garganta, etc.

- Desenvolvimento de fobias;

- Humor bastante instável;

- Marcado sofrimento e prejuízo no funcionamento pessoal do indivíduo.

Apesar da presença das características citadas, o diagnóstico é feito também por eliminação de outras causas que geram sintomas semelhantes (de nível físico ou mental), recorrendo por vezes, se necessário, a exames de laboratório.

Estatísticas

O TAG é mais frequente do que se imagina, atingindo cerca de 3 a 5% dos adultos em algum momento durante um ano. É ainda o tipo de transtorno da ansiedade mais comum. A prevalência nas mulheres é quase o dobro do que nos homens. Em termos de faixa etária, ele manifesta-se em qualquer idade, iniciando-se normalmente na infância ou adolescência,

atingindo um pico por volta dos 20, ou pelo contrário em idades mais avançadas embora a o avançar da idade tenda a diminuir as probabilidades de surgirem transtornos deste tipo. Há tendência para os sintomas piorarem após períodos naturais de stress.

O TAG costuma ser crónico, duradouro com pequenos períodos de remissão dos sintomas mas geralmente leva o paciente a sofrer com o estado de ansiedade elevado durante anos.

Tratamento

O primeiro passo para o tratamento do TAG é o indivíduo consciencializar-se de que tem um problema e manifestar interesse em tratar-se.

Os fármacos são o tratamento preferido para o TAG, nomeadamente os ansiolíticos ou tranquilizantes, tais como as benzodiazepinas e a buspirona. O uso de benzodiazepinas a longo prazo pode criar dependências ao contrário da buspirona, contudo as primeiras aliviam os sintomas quase imediatamente enquanto a segunda leva perto de duas semanas a surtir efeito.

Muitas vezes a ansiedade generalizada está associada a conflitos psicológicos subjacentes tais como insegurança ou auto-crítica nestes casos será útil coadjuvar a administração de fármacos com psicoterapia ou terapias cognitivo-comportamentais.

Tendo em conta a natureza dos fármacos citados acima, eles dirigem-se ao alívio específico dos sintomas. As benzodiazepinas promovem a relaxação física e mental, reduzindo assim a actividade nervosa do cérebro. Exemplos de benzodiazepinas: alprazolam, clordiazepóxido, diazepam, flurazepam, lorazepam, oxazepam, temazepam e triazolam, etc. A buspirona não pertence a essa classe de medicamentos. Não se sabe ao certo como actua,mas não provoca sedação nem interage com o álcool. Tem a desvantagem de levar cerca de duas semanas a actuar, sendo por isso recomendado em casos de perturbações da ansiedade de longa duração. Por vezes também são prescritos medicamentos antidepressivos tais como inibidores selectivos da recaptação de serotonina (exemplo: fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina), inibidores da monoaminooxidase (exemplo: fenelzina, tranilcipromina) e antidepressivos tricíclicos (exemplo: amitriptilina, amoxapina, clomipramina, imipramina, nortriptilina, protriptilina)

Para além do tratamento prescrito pelo especialista, ajuda praticar exercícios como yoga, caminhadas, meditação, enfim, tudo o que relaxe física e mentalmente o indivíduo.

Fontes:

http://www.gigamundo.com/2008/12/19/transtorno-da-ansiedade-generalizada/

http://www.psicosite.com.br/tra/ans/ansgeneralizada.htm

http://www.manualmerck.net/?id=109&cn=956

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