*Imagem retirada do site http://elusapaz.blogspot.pt/ |
Esta forma de comportamento, imposta pela tradição, educava para a tristeza, na medida em que, após a morte de alguém, era imperativo que também os vivos morressem para a vida, pois não lhes era permitido lutar contra isso. "Deverás sofrer", era o que implicitamente lhes era ensinado.
Quando cresci e me afastei daquele lugar, estes ensinamentos ficaram marcados no meu inconsciente. Perante um acontecimento triste, eu deveria ficar triste, ao invés de lutar para me sentir melhor. Ora isso teve como consequência que a depressão se instalasse, que me sentisse de certa forma "amarrada" àquele acontecimento para sempre, em vez de procurar uma solução que me devolva a alegria. Sempre que o instinto me levava a procurar essa tal solução, um sentimento de culpa apoderava-se de mim. Tudo isto se passava a nível inconsciente, eu nem me apercebia do que estava a acontecer.
O ser humano é feliz por natureza. Força-lo, por força do que aprendemos, a ser triste, gera uma grande contradição dentro de nós, leva a uma luta interna que se traduz em depressões, ansiedade, angústia. É muito difícil cortar com tudo aquilo que aprendemos, por vezes durante toda a vida. Por vezes achamos que aquilo é que é certo e que todas as outras formas de comportamento estão erradas, o que torna a tarefa ainda mais difícil. Mas se não o fizermos, será muito complicado seguir o caminho da felicidade.