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domingo, 8 de outubro de 2017

Quando a vida é uma Montanha Russa

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Imagine que vivia numa montanha russa. Todos os dias, quando a feira abria, começava a funcionar e lá você ia para cima e para baixo, umas vezes lentamente outras a velocidades vertiginosas. Passado algum tempo, a roda parava, os passageiros saiam e entravam outros e começava tudo de novo. Durante esse curto espaço de tempo, você fechava os olhos e tentava recompor-se, antes que a próxima volta começasse. No final do dia, quando a feira fechasse, você podia finalmente relaxar. Mas estava tão cansada, tão esgotada, que a única coisa que conseguia fazer era dormir, e por vezes dormir em sobressalto pois sabia que no dia seguinte tudo recomeçaria de novo. 

Isto é-lhe familiar? É que por vezes é assim que vivemos a nossa vida. Sem estabilidade, num contínuo stress, num constante sobe e desce de emoções. A palavra certa é "Esgotante". É esgotante viver assim. Você não consegue fazer nada da sua vida, entra em depressão, só quer que a roda pare e sair da feira para uma ilha deserta. A certa altura é só nisto que você pensa o tempo todo. O cansaço tira-lhe a vontade de tudo. Você não vive, sobrevive. 

O que é que você pode fazer? Atirar-se da montanha russa? Tomar comprimidos para dormir para não sentir nada? Gritar até que alguém ouça e lhe dê atenção? Parece que é óbvio aquilo que é certo você fazer: quando a roda parar, desça, com os restantes passageiros. Ah, é assim tão simples? Então e o cinto de segurança que a prende à cadeira? O fecho está enferrujado pois já não é usado à tanto tempo e não se consegue abrir.

Na nossa vida passa-se exactamente o mesmo. Todos nos dizem: "Sai dessa vida!", mas ninguém sabe que não conseguimos abrir o fecho do cinto de segurança que nos prende à mesma. 8

domingo, 16 de novembro de 2014

Stress, Cortisol e Depressão: nova descoberta

Fonte da imagem: http://corposuplemento.com.br/blog/saude/o-hormonio-cortisol/
Quero publicar aqui, na íntegra, um artigo do Dr Drauzio Varella, publicado  no site http://drauziovarella.com.bre que mostra uma perspectiva diferente sobre a causa da depressão, e que nos dá uma esperança no sentido de se encontrar uma cura mais eficaz e duradoura para este mal que aflige tanta gente em todo o mundo. Estudos recentes têm posto em evidência o papel do stress no desencadeamento das depressões, principalmente nos efeitos da hormona associada, o cortisol.

"Na depressão, o existir é um fardo insuportável. “A tristeza é tanta que acordo pela manhã e não encontro razão para levantar; só saio da cama porque permanecer deitada pode ser pior”, queixou-se uma senhora depois do terceiro episódio da doença. “Na depressão, a vida fica por um triz”, observou ela.
Depressão é a tristeza quando não tem fim, quadro muito diferente do entristecer passageiro ligado aos fatos da vida. É uma doença potencialmente grave que interfere com o sono, com a vontade de comer, com a vida sexual, com o trabalho, e que está associada a altos índices de mortalidade por complicações clínicas ou suicídio É a mais comum de todas as enfermidades psiquiátricas, acomete mais as mulheres e apresenta caráter recidivante: depois do primeiro episódio, a probabilidade de ocorrer outro é de 50%; depois do segundo, sobe para 75%; e, depois do terceiro, para pelo menos 90%.
Se é uma doença psiquiátrica, que alterações acontecem no cérebro das pessoas deprimidas?
Há 40 anos a explicação mais aceita tem sido a de que no cérebro dos deprimidos haveria diminuição da produção de certos neurotransmissores (substâncias que agem na transmissão de sinais entre os neurônios), entre os quais a serotonina provavelmente exerceria papel preponderante.
A ideia de que baixos níveis de serotonina em certas áreas do cérebro seriam a causa da depressão foi reforçada pela demonstração de que o aparecimento de medicamentos capazes de aumentar as concentrações cerebrais desse neurotransmissor (das quais as mais populares são a fluoxetina e a sertralina) beneficiou grande número de pacientes.
Nos últimos dez anos, no entanto, a hipótese dos níveis inadequados de serotonina passou a ser cada vez mais contestada. O principal argumento contrário a ela foi o de que, embora concentrações diminuídas desse neurotransmissor tenham sido detectadas no sistema nervoso central de vítimas de tentativas violentas de suicídio, nunca foi possível demonstrar deficiência de serotonina no cérebro de pacientes deprimidos.
Em edição especial, a revista “Science” traz uma discussão sobre o conjunto de ideias mais aceito atualmente para explicar a depressão: a hipótese do estresse.
Segundo essa hipótese, em resposta aos estímulos agressivos do ambiente, o hipotálamo produz um hormônio (CRF) para convencer a hipófise a mandar ordem para as suprarrenais produzirem cortisol e outros derivados da cortisona.
Diversos trabalhos experimentais mostraram que esses hormônios do estresse (CRF, cortisol e outros) prejudicam a saúde dos neurônios, porque modificam a composição química do meio em que essas células exercem suas funções. A persistência do estresse altera de tal forma a arquitetura dos circuitos neuronais que chega a modificar a própria anatomia cerebral. Por exemplo, provoca redução das dimensões do hipocampo, estrutura envolvida na memória, e área fundamental para a ação das drogas antidepressivas.
Pesquisadores da Universidade de Emery, em Atlanta, demonstraram a existência de períodos críticos na infância em que sofrer violência física, abuso sexual, ausência de cuidados maternos e outros tipos de estresse emocional podem conduzir à hipersecreção de CFR no hipotálamo, com consequente liberação de cortisol pelas suprarrenais, alterações associadas à depressão na vida adulta. Os pesquisadores concluíram que “muitas das alterações neurobioquímicas encontradas na depressão do adulto podem ser explicadas pelo estresse ocorrido em fases precoces da infância”.
De fato, no estudo clínico conduzido em Atlanta, 45% dos adultos com quadros depressivos de pelos menos dois anos de duração haviam sido abusados, negligenciados ou sofrido perda dos pais na infância.
Outro achado importante para definir o papel dos hormônios do estresse foi a demonstração recente de que a injeção de CRF diretamente no cérebro de animais de laboratório induz o aparecimento de quadros típicos de depressão e de distúrbios de ansiedade, sugerindo que depressão e ansiedade tenham mecanismos comuns e possam ser induzidas por fatores semelhantes. Talvez seja essa a justificativa para a maioria das pessoas com depressão na vida adulta referir personalidade hiper-ansiosa na infância e adolescência.
Neurocientistas proeminentes defendem a teoria de que o mecanismo através do qual o estresse induziria depressão estaria ligado ao hipocampo: os hormônios do estresse suprimiriam o nascimento de novos neurônios nessa estrutura crucial para o processamento da memória. Tal suspeita ganhou ímpeto especialmente depois da publicação, meses atrás, de uma descoberta inesperada: depois de duas ou três semanas de tratamento com drogas antidepressivas começam a nascer novos neurônios no hipocampo (neurogênese). Esse achado explicaria também por que, apesar de os antidepressivos elevarem imediatamente os níveis cerebrais de serotonina, sua ação benéfica só se manifesta semanas mais tarde.
O conhecimento da arquitetura dos circuitos cerebrais envolvidos na depressão adquirido nos últimos dez anos provocou uma explosão de ensaios terapêuticos com drogas dotadas de mecanismos de ação muito diferentes das atuais. Estamos no limiar de descobertas que revolucionarão o tratamento dessa enfermidade tão debilitante."

domingo, 21 de setembro de 2014

Sabe quando é altura de tomar um calmante?

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Resposta lógica à pergunta do título: quando estamos enervados, stressados ou ansiosos. Mas saberemos todos responder à pergunta: sabe quando está enervado, stressado ou ansioso? Esta resposta é mais difícil. Nem todos sabemos responder.

Estes estados manifestam-se de forma diferente de pessoa para pessoa e por vezes conforme a situação. Daí, não haver uma check-list de "sintomas" universalmente aceite que possamos picar afim de concluir se está na altura de tomar medidas para acalmar.
Eis alguns dos "sintomas" que nos levam a pensar que não estamos ansiosos nem stressados:

  • - "Sinto sono" - Nem sempre é um indicativo de que esteja calmo. A ansiedade elevada (ver post Tensão em demasia causa sono) causa sono;
  • - "O que eu tenho são dores de estômago, deve ser qualquer coisa que comi" - Atenção, uma das principais causas dos problemas gastrointestinais é o stress!;
  • - "Estou cansado/a porque tive muito trabalho" - Será?! Quantas vezes você não teve muito mais trabalho e se sentiu muito melhor?;
  • - "Sinto-me fraco/a porque não me tenho alimentado correctamente" - Se bem que a principal causa da fraqueza seja a insuficiente alimentação, por vezes o stress e ansiedade esgotam o corpo produzindo sintomas semelhantes;

Quando um estado ansioso é lento mas progressivo, às vezes nem nos apercebemos que estamos ansiosos. Aquele estado parece-nos normal, quase já nem nos lembramos de como nos sentíamos antes. Daí que muitas vezes não consigamos reconhecer o quanto mal estamos. O mesmo se passa com o stress. 

Conheça melhor o seu corpo. Interrompa a progressão de estados ansiosos e de stress antes que se tornem de tal forma graves que prejudiquem a sua vida e bem estar. Aprenda a reconhecer o momento em que deve tomar medidas para retornar à sua paz.

sábado, 21 de novembro de 2009

Stress e Distress


Hans Selye (1936) definia o stress como “Qualquer adaptação requerida à pessoa, isto é, reacção não específica a qualquer exigência de adaptação”.

O stress é fundamental para a nossa sobrevivência. Em pequenas quantidades é positivo, pois permite-nos mantermo-nos interessados pela vida e enfrentarmos desafios. Contudo em quantidades elevadas diminui as capacidades normais do indivíduo e tensão associada

apresenta-se a níveis demasiado desconfortáveis. Quase toda a gente já ouviu falar de stress. Ele faz parte do nosso dia-a-dia e quem não o sentiu já de vez em quando?

A forma como se fala do stress nas sociedades modernas ocidentais, faz pressupor que se trata de algo recente, mas é algo com o qual convivemos desde o tempo em que vivíamos nas árvores. O psiquiatra João Vasconcelos Vilas-Boas afirma que “o stress é sempre uma resposta emocional a uma situação de risco, resposta essa que pode ser adequada ou desadequada”. O mesmo psiquiatra refere ainda que o stress “não é uma doença mas um sintoma ou conjunto de sintomas”.

O que se está a passar hoje em dia na nossa sociedade é que estamos rodeados de “indutores” de stress, estamos a acelerar as nossas vidas de forma a responder às exigências externas, mas também internas, pois muitas vezes impomos metas e objectivos a nós próprios demasiado severos.

O stress afecta a percepção, o sistema nervoso, o equilíbrio hormonal, o sistema cardiovascular, o

sistema digestivo e o respiratório, o trato urogenital e o sistema imunológico. Aquele normalmente designado como "mau" é o chamado "distress" que aparece quando o organismo não sabe adaptar-se a uma nova situação e responde de forma desmesurada ao estímulo que essa situação provoca. Neste caso o indivíduo fica incapaz de pensar e de se concentrar e mesmo quando o estímulo acaba o corpo não sabe como voltar ao estado normal. (Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra, Stress Comunicação Técnica Profissional, Luis Fernando Lopes).

O stress não surge de um momento para o outro. Existem três fases:

- Fase se alarme, em que, perante uma nova situação que se impõe ao indivíduo O cerebro recebe e analisa os estimulos que lhe chegam dos sentidos e compara com a informação que já

tem armazenada. Se julga não ter os recursos suficientes para lhe fazer face, envia um sinal de alarme que vai libertar hormonas como a adrenalina e o cortisol, que faz aumentar o batimento cardíaco, dilatam as pupilas, os músculos ficam tensos, etc, tentando preparar o corpo para o perigo eminente;

- Fase de resistência, em que o organismo tenta a recuperação do organismo após o dequilíbrio inicial, consumindo desta forma mais energia, o que pode originar cansaço excessivo;

- Fase de esgotamento, ou seja, quando a resistência do corpo se esgota, quando o cansaço nos derrota. Aqui o stress passa a distress, ou seja, mau stress, que tem consequências nefastas para o organismo.

O distress provoca problemas a nível físico e psíquico. Pode provocar palpitações, desiquilíbrios hormonais, tensão muscular, tensão arterial alta, inquietação, dificuldades em pensar e tomar decisões, insónias, perda de concentração entre outras. Uma situação de stress mantida por muito tempo pode levar à morte e, segundo uma investigação da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington pode provocar perda de neurónios. Contudo, relativamente a esta última questão o médico português Nuno Sousa provou no seu doutoramento que o stress crónico não conduz à morte dos neurónios, mas que o hipocampo apenas fica atofiado porque diminuem as sinapses (a comunicação entre os neurónios), conduzindo à reversibilidade da situação.

Sntomas de distress são vários, desde a tensão muscular, à pulsação elevada, a diarreias e indigestões, falta de desejo sexual, dificuldades em conciliar o sono. Variam de pessoa para pessoa.

Existem formas de aliviar o stress: fazer exercício físico, planear o dia-a-dia, ingerir comida mais saudável, tirar um tempo para si próprio, tentar dormir pelo menos oito horas, etc. Já agora uma boa notícia para os amantes de chocolate: comer perto de 30 gr de chocolate preto por dia reduz o nível de hormonas de stress!

O sress crónico, além do mal estar que provoca, pode evoluir para quadros trasntorno de ansiedade generalizada, depressão, ataques de pânico e levar a um aumento do risco de contrair infecções devido à quebra no sistema imunitario. Convém consultar um terapeuta nos casos mais graves.

Vale a pena ler o artigo pulbicado em http://www.fchampalimaud.org/images/uploads/Publico_July31_2009.pdf sobre stress e rotina.

sábado, 8 de agosto de 2009

Hipnoterapia


Considerada uma prática alternativa à terapia tradicional, a hipnoterapia (ou hipnose clínica) tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos entre os que sofrem de problemas psíquicos. O estado hipnótico é um estado alterado de consciência que pode ter vários graus, semelhante aos vários estados que experimentamos durante o nosso dia. É um estado de concentração profunda, no qual a nossa mente está voltada para a sua vida interior. Experimentamos um total relaxamento físico e emocional, em que o cérebro entra em frequência alfa, um estado intermediário entre o sono e a vigília. O paciente está sempre consciente (30 a 40%) e tem poder de decisão. Quer isto dizer que o paciente não fará nem dirá nada que não queira e ao sair do estado hipnótico lembrar-se-à de tudo o que aconteceu. Contudo encontra-se mais sugestionável, daí que este método seja eficaz no tratamento de diversos problemas como adicções, fobias, depressão, insónia, stress e até obesidade ou asma.

Quando a pessoa está hipnotizada, os hemisférios cerebrais atingem uma excelente capacidade de comunicação entre si, facilitando a troca de material psíquico e simbólico entre o consciente, o pré-consciente e o inconsciente. A acessibilidade ao inconsciente torna-se desta forma mais fácil.

Os nossos sintomas têm a ver com programação. Estamos programados para agir ou pensar de determinada forma. A hipnose actua no sentido de ajudar os indivíduos a desprogramar aquilo que conduz a estados de sofrimento, a eliminar traumas e bloqueios.

É importante que o paciente sinta confiança no terapeuta, pois terá que seguir as suas sugestões. Antes de uma sessão, convém averiguar as suas credenciais. Existe um código de ética e deontológico para estes profissionais (pode consultar em www.bsch.org.uk/code_of_conduct.htm), pelo que os bons profissionais se guiarão por ele, estando sempre o paciente salvaguardado. Contudo, há quem entenda que a hipnoterapia tem perigos. Deixo aqui um site que resume os mais comuns: http://cadernoalfa.blogspot.com/2008/06/o-perigo-da-hipnose.html. Devo contudo salientar que na busca que efectuei através da internet e de outros meios de comunicação a ausência de perigos nesta prática vence com esmagadora maioria.

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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