Ensinam-nos a amar, a ser felizes, a ser obedientes, a ser criativos: maneiras de ser e sentimentos. Mas nós aprendemos muito mais do que aquilo que nos ensinam, aprendemos por nós próprios. Aprendemos que quando em crianças que quando estamos doentes os nossos pais nos dão a atenção que gostaríamos que nos dessem todos os dias. A resposta para esta necessidade de atenção é adoecer, não conscientemente, não representando, mas de verdade; tememos a separação dos pais, aprendemos a viver ansiosos e apreensivos, agindo de forma passiva, passando a dar mais importância aos desejos dos outros que aos nossos próprios. São inúmeras as situações para as quais criamos respostas inconscientes e que não esquecemos pela vida fora. São estas lições de vida auto-aprendidas que nos tornam as pessoas que somos, autónomos ou dependentes, tendencialmente tristes ou alegres, activos ou passivos, seguros ou inseguros.
Quem se preocupa com o que está a ensinar às crianças? Haverá muitos pais hoje em dia mais sensibilizados para esta questão, mas nem sempre assim é ou foi. Criam-se adultos com determinados comportamentos que não são mais do que respostas aprendidas. Nem sempre os entendemos, culpamos-os pela forma como reagem, chamamos-lhe cobardes, violentos, mosca-morta, etc. Pergunto muitas vezes se se voltasse atrás e os colocássemos, enquanto crianças, noutro ambiente, se eles seriam como são.
1 comentário:
creio que a criança é um livro em branco, pequenas coisas contribuem para grandes mudanças na personalidade delas, qualquer criança pode ser qualquer coisa, depende da força, incentivo, sentido de respeito pelo próximo e carinho que lhe é dado e transmitido.
adorei o blog
obçs
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