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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Acatisia

A palavra deriva do grego καθίζειν, ou kathízein, que significa "sentar", dando-lhe o prefixo "a-" o sentido de negação ou ausência. Trata-se de uma síndrome psicomotora que se manifesta pela impossibilidade de estar quieto. Caracteriza-se pela inquietação, ansiedade, parestesia, agitação e vontade de se mover o tempo todo. Trata-se de um efeito colateral de algumas drogas, nomeadamente do grupo dos anti-psicóticos (neurolépticos), tais como butirofenonas, ou também bloqueadores dos canais de cálcio, buspironas metoclopramides e agentes dopaminérgicos. Os anti-depresssivos do grupo Inibidores Selectivos de Recaptação da Serotonina (SSRI) podem causar acatisia como parte dos seus efeitos colaterais. Entre eles encontram-se a Paroxetina, o Zoloft e Fluoxetina. Os tratamentos mais sugeridos são betabloqueadores, benzodiazepínicos e anticolinérgicos. Pedemos encontrar também como causadores deste síndroma a Trazodona e a Venlafaxina.
Este símdrome é causado devido a um aumento dos níveis do neurotransmissor norepinefrina, que conduz a um aumento da ansiedade, agressão, excitação e estado de alerta. Pode também ser associado a uma ruptura dos receptores NMDA (entre outras controla as funções de plasticidade sináptica de norepinefrina.  
Muitas vezes a acatisia é confundida com o Síndrome das Pernas Inquietas pela semelhança dos sintomas. 
O psiquiatra Lars K. Hansen propõe um programa de relaxamento com duração de apenas doze minutos que envolve exercícios de respiração e de redução da tensão que pode ajudar a reduzir a acatisia em pacientes com determinadas enfermidades tais como a esquizofrenia crónica e que não respondiam ao tratamento recebido para tratar a acatisia.
Estima-se que este flagelo atinge 50 a 70% dos pacientes que receberamantipsicóticos de primeira geração, taxas não muito diferentes das encontradas entre aqueles que receberam os de segunda geração (os primeiros vieram substituir os segundos com a promessa de diminuir a intensidade destes efeitos). Entre os que recebem tratamento com anti-depressivos, a taxa varia entre os 5 e 10%.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Abdicar do prazer?

Decerto algumas pessoas com depressão já tomaram determinados anti-depressivos que as ajudaram imenso a retomar a vida normal e ver de novo a vida a cores. Contudo, de entre os efeitos secundários desses medicamentos, é comum encontrarmos o aumento de peso e diminuição da líbido. Olharmo-nos ao espelho e vermo-nos gordos ou experimentar uma roupa e esta não nos servir não nos faz sentir bem. Temos que aprender a viver com isso, podemos fazer algum exercício para compensar, fazer dieta, enfim. O pior é quando se trata da diminuição da líbido. O que podemos fazer quanto a isso? Um exemplo típico de uma das substâncias de que falo é a paroxetina, mas há muitas outras. Realmente sentimo-nos melhor a nível geral. Mas e o prazer do corpo? Em que lugar fica? Pagamos o bem estar a outros níveis com a diminuição da líbido, por isso estamos a trocar um prazer por outro. Resta saber qual deles é o mais importante, ou se é possível estabelecer um grau de importância para estes prazeres. Afinal o desejo sexual contribui para o bem estar geral. Teremos que viver sem uma parte desse bem estar.


É claro que seria pedir demais que os medicamentos para a depressão - como qualquer outro - não tivessem efeitos secundários. Falo neste especificamente porque me parece contraditório tendo em conta o objectivo para que é prescrito. Além do mais, vai muito mais longe do que o próprio prazer individual do corpo. Imaginemos que a pessoa que toma o medicamento é recém-casada. A diminuição da líbido neste caso pode funcionar como desestabilizador do casamento. É uma situção difícil de contornar, já que é impossível obter os benefícios sem custos, ou seja, neste caso, ter medicamentos sem efeitos secundários.


Devemos então esperar curar-nos da depressão para arranjar um(a) namorado(a) por exemplo? É certo que não devemos tomar grandes decisões na nossa vida enquanto estivermos deprimidos, mas o que referi parece ridículo. A solução passa pela prescrição de outro medicamento que não tenha este efeito, em sua substituição? E se este for o indicado? Encontramos várias perguntas sem resposta sobre as quais se calhar nunca nos detivemos a pensar. A verdade é que tal como no caso do aumento de peso, temos que encontrar formas de contrariar este efeito. Alguma sugestão? Se alguém tiver, por favor diga...

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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