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domingo, 8 de outubro de 2017

Quando a vida é uma Montanha Russa

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Imagine que vivia numa montanha russa. Todos os dias, quando a feira abria, começava a funcionar e lá você ia para cima e para baixo, umas vezes lentamente outras a velocidades vertiginosas. Passado algum tempo, a roda parava, os passageiros saiam e entravam outros e começava tudo de novo. Durante esse curto espaço de tempo, você fechava os olhos e tentava recompor-se, antes que a próxima volta começasse. No final do dia, quando a feira fechasse, você podia finalmente relaxar. Mas estava tão cansada, tão esgotada, que a única coisa que conseguia fazer era dormir, e por vezes dormir em sobressalto pois sabia que no dia seguinte tudo recomeçaria de novo. 

Isto é-lhe familiar? É que por vezes é assim que vivemos a nossa vida. Sem estabilidade, num contínuo stress, num constante sobe e desce de emoções. A palavra certa é "Esgotante". É esgotante viver assim. Você não consegue fazer nada da sua vida, entra em depressão, só quer que a roda pare e sair da feira para uma ilha deserta. A certa altura é só nisto que você pensa o tempo todo. O cansaço tira-lhe a vontade de tudo. Você não vive, sobrevive. 

O que é que você pode fazer? Atirar-se da montanha russa? Tomar comprimidos para dormir para não sentir nada? Gritar até que alguém ouça e lhe dê atenção? Parece que é óbvio aquilo que é certo você fazer: quando a roda parar, desça, com os restantes passageiros. Ah, é assim tão simples? Então e o cinto de segurança que a prende à cadeira? O fecho está enferrujado pois já não é usado à tanto tempo e não se consegue abrir.

Na nossa vida passa-se exactamente o mesmo. Todos nos dizem: "Sai dessa vida!", mas ninguém sabe que não conseguimos abrir o fecho do cinto de segurança que nos prende à mesma. 8

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Dependências afectivas e emocionais


Viver uma vida inteira dentro de uma nuvem negra, além de nos impedir de desenvolver a nossa inteligência emocional, leva-nos a criar dependências. Não me refiro apenas a químicos, como o caso de medicamentos antidepressivos e outros ou estupefacientes, mas sim dependências emocionais e afectivas. Estas últimas surgem como forma de compensar o enorme sofrimento causado pelo imenso desgaste que é o confronto diário com a vida. Procura-se carinho, compreensão, alguém que cuide de nós. Não importa o preço que paguemos por isso. Por vezes o que recebemos são apenas migalhas, mas achamos que isso é melhor que nada e temos medo de arriscar algo melhor. O medo de perdermos o que temos supera a humilhação, o desespero supera o desejo. Outras vezes temos sorte e encontramos nas pessoas que nos estão próximas tudo o que necessitamos. Tudo, ou melhor, tudo o que é possível, porque é imenso o que necessitamos e ninguém consegue realmente satisfazer na íntegra essa necessidade. Em ambos os casos não deixamos de estar dependentes. Não saímos de casa dos pais, não terminamos uma relação que não está a dar certo, não nos afastamos daquele amigo que apenas nos vê como financiador dos seus projectos, etc. Ou não. Ou nem sequer somos capazes de ver que vivemos uma farsa e que o nosso estado de felicidade é arquitectado pela nossa mente e não é real. Porque manipulamos os nossos próprios valores em função da nossa dependência de forma a que o seu objecto nunca nos falte.

Mas o que acontece quando esse objecto nos falta um dia? Ninguém é eterno e muito menos está sempre disponível. A dependência passou a ser uma componente das nossas vidas como outra coisa qualquer. Quando o seu objecto desaparece fica um buraco, um vazio apto a capturar tudo o que está solto para se preencher. A ausência de algo em que concentrar a procura de apoio afectivo e emocional deixa-nos desesperados e, perante tal cenário cometem-se erros. Cai-se nas teias de curandeiros, seitas, de pessoas que oferecem milagres a troco de dinheiro ou favores; criam-se relações das quais saímos abusados, tentamos soluções fáceis para a angústia momentânea (droga, cutting, bulimia, etc). Ou tapamos esse buraco com outras dependências ou enfrentamos o vazio: o medo, a ansiedade, o desespero. É neste contexto que por vezes surgem as fobias, os ataques de pânico e outros transtornos.

Temos escolha? Será que todas as pessoas que viveram muito tempo na nuvem negra criaram dependências e se vêm confrontadas com estas situações em alguma altura das suas vidas? Algumas pessoas têm personalidades mais fortes que outras. Mas no fundo essas também não se deixam estar muito tempo dentro da nuvem.

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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