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sábado, 2 de maio de 2020

Como o inconsciente encara a Pandemia?

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Neste contexto inédito para a maioria de nós, é imperioso o auto-controlo, a todos os níveis, começando pelo emocional, pois com este descontrolado tudo o mais descamba. Muito se tem falado de que ter ansiedade, sentir-se inseguro, é normal. Mas para aqueles que viviam antes estes problemas, para os quais os mesmos começaram muito antes de o novo coronavirús ser um problema, certamente os níveis do "normal" não se adequam.
Primeiro, há que perceber de onde vem a ansiedade e insegurança que os afligia. Existe algo que as desencadeia e, uma vez que vive no subconsciente, provavelmente em contradição com o consciente, não se conseguem controlar. A adição de um novo problema pode não ser prejudicial. Pode ser encarado com o um desafio, pode ser visto como uma "esperança" para curar os problemas anteriores.
Quem sofre anseia por um mágico, um milagre, que os retire desse sofrimento. E esta pandemia, este isolamento forçado, pode ser esse mágico! Vai haver uma mudança de certeza. Pode ser a nível profissional, familiar, financeiro, de saúde, mas vai haver. O desejo de mudança está prestes a ser cumprido.
Vou dar um exemplo concreto: Se o que está a causar ansiedade é o autoritarismo vivido em criança no ambiente familiar, atualmente poderá ser desencadeada pelo ambiente profissional, em que o patrão representa o pai. Mas como o salário é bom e até se gosta da profissão, o consciente não ve o patrão como causa de mal algum. E não é, é a associação que o inconciente faz relativamente a situações não resolvidas do passado.
Mas como pode a pandemia potencialmente curar este sofrimento? Uma das mudanças imediatas que introduz poderá ser o isolamento forçado e consequente afastamento do local de trabalho e do patrão. A longo prazo, poderá significar perda do emprego. Será um alívio a curto prazo. Quanto a perda do emprego, que implicaria passar necessidades, quando comparados com o sofrimento actual, poderá apenas resumir-se numa palavra: liberdade. Qualquer coisa que liberte esta pessoa daquilo que a faz sofrer atualmente será bem vindo. Quanto ao sofrimento futuro, além de incerto, é algo para se preocupar na devida altura. Aliviado deste, certamente se encontrará em melhores condições de lidar com o futuro. Este exemplo aplica-se a uma imensidão de casos.
Tudo é muito mais complexo, cada pessoa é um mundo e este tema daria para uma tese de doutoramento.
O importante neste post é que qualquer coisa que consigamos compreender é um passo para nos libertarmos do sofrimento e que n
em sempre o mal que nos atinge tem efeitos nefastos para a nossa felicidade.

terça-feira, 31 de março de 2020

Pandemia: o encontro com nós próprios

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Como é que um bichinho tão minúsculo que é invisível consegue dar a volta ao mundo? Nada jamais será como era. Escondido atrás das mudanças visíveis ou previsíveis, está algo completamente desconhecido e imprevisível, com um potencial de transformação muito superior ao do vírus: o encontro com nós próprios, isto é, com o nosso melhor amigo e o nosso pior inimigo.
Parece estranho o que acabei de escrever, mas vejamos: neste momento centenas de milhões de pessoas em todo o mundo estão confinadas às suas casas, sozinhas ou com um número reduzido de pessoas. A convivência permanenente com aqueles que só se viam de manhã e à noite ou em fins de semana e ferias controladas pela hora de voltar ao trabalho ou à escola e partilhadas com todo o tipo de distrações convidadas, só pode ter consequências. E não é por acaso que se convidam tantas distrações: fazemos-lo como forma de evitar o confronto com o outro e connosco. Temos medo de ficar sozinhos, temos medo de nos ouvir, de nos sentir, de nos conhecermos e de conhecer o outro ou deixar que ele nos conheça. Porquê? Porque não saberíamos lidar com isso.
A intimidade assusta. Não a intimidade no sentido romântico do termo, mas a intimidade da aproximação a nível sentimental, emocional. Andamos constantemente a fugir disso, encontramos todos os subrefúgios para nos escondermos. E agora ficamos expostos. Expostos, dentro da nossa própria casa. De repente os espelhos falam connosco, de repente descobrimos que não sabemos quem é o outro que tão bem conhecíamos. De repente a estrutura de uma vida construída em função desta fuga de nós próprios, desmorona-se, não temos mais onde nos esconder. Lá fora, está o virus, dentro o desconhecido.
Nada poderá continuar como dantes. Experienciar esta vivência tem que ter consequências. A ver vamos.

 Este estado que vivemos em quase todo o mundo é um ponto de viragem para algo desconhecido. Mas não é só o vírus, que embora tenha criado uma situação inédita nos tempos modernos

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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