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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O peso da esperança

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A esperança pesa. Custa a carregar. Porque se é esperança não é realidade ainda, é apenas a fé na realização de um desejo. Isso quer dizer que o presente não é perfeito, que a situação que se quer que mude está a causar algum tipo de sofrimento. E enquanto a esperança nessa mudança persistir, nada será alterado, caso contrário não seria esperança mas sim realidade.
É confuso, não é? Eu explico com uma situação concreta.
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Uma mulher vive momentos difíceis no seu casamento. O seu marido está constantemente a magoá-la. Ela vê o futuro muito incerto na relação. Como está, dói. Mas ela espera que a situação mude. Não conscientemente, porque o cérebro já percebeu que isso não vai acontecer. O cérebro sim, mas o coração não. Esse não consegue parar de acreditar que um dia tudo será como o seu desejo. Então tenta. TENTA. Esta é a palavra que pesa. Pesa porque implica sacrifício. Pesa porque é em vão. Pesa porque é trabalho a dobrar, dá muito trabalho o coração fazer o cérebro acreditar que a fé que tem, tem algum fundamento. Trava uma batalha contínua para que isso aconteça, consome toda a energia. Não resta mais para aquilo que é mais importante: ser feliz. Adia-se a felicidade por acreditar que a mesma só será possível quando tudo estiver bem na relação.
No dia que o coração, exausto, desistir da luta, será possível então canalizar a energia gasta para viver de verdade. Ninguém vive de verdade carregando o peso de uma relação, sabendo que a mesma só existe porque um deles está a tentar. Então e o outro? É como carregar um pedregulho. Conseguiria correr com um pedregulho atado ao tornozelo? Nem andar, não é mesmo?
Esperança é fé. Fé que não tem fundamento é ilusão. Ilusão é o engano dos sentidos e da mente.
Vale a pena pensar nisto.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Desisti de jogar na lotaria

Esperar... Acreditar... Sonhar... Já apaguei há tempo estes verbos do meu dicionário. Aprendo depressa com o passado, crio anti-corpos suficientes para manter à distância todas as coisas pelas quais um dia esperei, acreditei, sonhei. A verdade é que criavam uma ilusão de felicidade, funcionavam como uma droga, iludindo a dureza do presente, proporcionando um bem-estar artificial. Não sou a favor das drogas. Então, para quê continuar a teimar no mesmo, dia após dia, frustração atrás de frustração? Dei comigo a chamar-me estúpida por estar a sustentar aquilo que me fazia sofrer.
Não tomei a decisão de o fazer. Aos poucos, as experiências da vida fizeram-no por mim. Não quero voltar a sofrer decepções, aliás, neste momento já estou decepcionada o bastante para notar algum incremento; não quero voltar a cair desamparada por ter sonhado alto, embora alto para mim seja pouco mais que o nível de sobrevivência; não quero viver continuamente na ansiedade de aguardar as mudanças, as pessoas, os momentos, que nunca chegam.
É claro que o que faz avançar a vida, o que lhe dá sentido é mesmo acreditar, esperar, sonhar... mas eu não consigo jogar todas as semanas na lotaria e ao fim de quarenta anos sem ganhar um prémio acreditar que irei algum dia ganhá-la. Por isso parei de jogar. Assim é com a vida: há um dia em que simplesmente deixamos de jogar...

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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