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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Casa organizada, vida organizada e o desespero diário

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 O que é que acontece quando acordas, te levantas, percorres cada divisão da casa e tudo está um caos? Desarrumado, velho, sujo, frio. Nada tem nexo. Então pegas num pedaço de papel e caneta e tentas elaborar um plano para acabar com esse caos. Partes para essa tarefa com a memória de planeamentos passados: quantos dos items enumerados ficaram resolvidos? E por quanto tempo? É uma missão inglória, à qual dedicas tempo que já é escasso para tentar sobreviver. Nem que tentar sobreviver seja estar parado a tentar encontrar uma forma de sobreviver. 

As tuas emoções direcionam-te para aquilo que é mais aprazível, a tua razão para aquilo que é prioritário. Neste caso, prioritário e aprazível estão em polos opostos. Há um dilema por resolver que já te deste conta de que não o consegues fazer sozinho. Ninguém está disponível para te ajudar, e mesmo que esteja, cada cabeça sua sentença e o teu caos não te deixa acatar nenhuma delas. 

Sentes uma ansiedade tremenda, ditada pela urgência em resolver tudo, mas sentes que andas apenas a tapar buracos. Tudo precisa da tua intervenção urgente, desde a tua casa a todos os demais aspetos da tua vida. Sentes-te impotente, frustrado. E isso está a dar cabo de ti.

Há quem diga que primeiro tens que arrumar e limpar a casa, pois casa organizada é vida organizada. Até concordas com essa afirmação, porém sabes que vais perder um dia inteiro para por tudo em ordem, e quando te levantares no dia seguinte tudo está como antes de começares, e o ciclo repete-se. Nunca passas do primeiro passo para organizar a tua vida, precisas de passar à fase seguinte, mas esta parece-te muito longínqua... tão longínqua que temes não chegar lá em vida. 

Há também quem te diga que o importante é começar, pôr ação. Mas tu sentes que tudo o que faças tem que ter um plano subjacente, um objetivo bem definido, em prol de uma solução definitiva. E a tua cabeça é um turbilhão de ideias, ideais e incertezas. Se há algo claro para ti é que é por aí que tens de começar: organizar a tua cabeça. E tens que ser tu a fazê-lo e mais ninguém. Mas como? 

É depressão? É ansiedade? É stress? É o quê?

Colocas as armas no chão, sentas-te no sofá e em breve o dia acabou e vais dormir, para no dia seguinte recomeçares tudo de novo...

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Porque ajo de forma auto-destrutiva quando quero ter sucesso?

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Procuro perceber a toda a hora quais são os gatilhos que desencadeiam certas emoções que conduzem à destruição, como a vontade de gritar com as pessoas por tudo e por nada, de desistir de qualquer empreendimento que tenho em mãos, ou a simples inação pertante tarefas que certamente aumentariam a minha produtividade e bem estar. O que é que está por trás e os suas consequências, mas também o que faz com que o que essas consequências se manifestem é o que preciso urgentemente entender para travar este tipo de comportamentos destrutivos e começar um ciclo em que sou eu que controlo conscientemente as minhas acções. 
Às vezes penso que o problema está na minha incompetência em lidar com os resultados de certas acções positivas. Ou poderá ser que determinados gatilhos me façam reviver algo muito negativo que está recalcado no inconsciente e me causou um sofrimento muito muito grande. E perante essa emoção causada por esse reviver, a ansiedade, o desânimo, a impaciência, a raiva, o mau humor, etc.. tomam conta de mim como consequência. Então há aqui uma emoção desconhecida mas de singular importância (e gravidade): a amoção "reviver". Não sei se existe algum nome científico para ela, eu vou-lhe chamar assim.  
Será isto que me faz agir da forma que ajo? Será que ajo assim como forma de sabotar o meu próprio sucesso? Eu cheguei à conclusão que as duas coisas estão relacionadas. Mas estou a tentar perceber como. É como se aquele "reviver" inconscientemente me tirasse toda a vontade de ter sucesso, talvez porque é essa a emoção associada ao que "está por trás", trancada no inconsciente, e que o gatilho faz reviver. 
É importante perceber isto. É um passo gigante na conquista do auto-controlo e no combate à frustração. É imperativo perceber como este processo funciona quais os gatilhos. Tenho a certeza que quando o conseguir, será muito mais fácil controlar-me e conseguir fazer o que o meu consciente me diz para fazer, independentemente de conseguir ou não decifrar o que está recalcado no inconsciente e que me faz agir de forma negativa. Se calhar, até seu o que lá está. Mas se o diagnóstico é importante, não serve para nada sem um procedimento que leve à cura.

domingo, 23 de novembro de 2008

Porque estou sozinho/a e deprimido/a?


"Sábado à noite. Estou sozinha em casa, a casa vazia de vozes, de cores, de odores; a solidão invade todos os espaços, entra-me pela boca, pelas narinas, pelos ouvidos. Tirei o som à televisão, apenas deixei faiscar imagens a preto e branco, cenas fora de contexto de um qualquer programa sem sentido. Para mim não faz sentido passar um Sábado à noite trancada em casa a escrever este blog, não sair para me divertir, não estar acompanhada a "curtir" a noite. Ou FAZ?"
É claro que me sinto triste com a condição em que me encontro neste momento. Mas mais importante que esta situação é o porquê que ela existe. Se não faz sentido, porque não a evitei? Esta é a pergunta que muita gente fará a si própria e por vezes não consegue encontrar resposta. Uma das consequências da depressão é a tendência para o isolamento por factores tão diversos como a baixa auto-estima ou a falta de ânimo. A verdade é que se procura aquilo que é mais fácil e nestas situações por vezes lidar com os "outros" é uma tarefa muito difícil, já não é pera doce termos que lidar com nós próprios. Consciente ou inconscientemente procuramos todos os mecanismos que nos levam a estar sozinhos e os "outros" seguem o seu caminho. Quando nos damos conta eles têm desaparecido, estão ocupados, ou simplesmente já têm outros planos. Para termos algo no presente há que tê-lo preparado no passado, e isso passa-se com tudo na nossa vida. A nossa não disponibilidade para prepararmos o presente que gostaríamos que estivesse a acontecer é que nos colocou nesta situação, apesar de continuamente atribuirmos as culpas à nossa imagem, à nossa timidez, aos outros, ao destino ou simplesmente ao estado da sociedade.
A verdade é que por vezes bastava pouco para que o nosso presente melhorasse. Mas as pessoas deprimidas têm tendência a sonhar com príncipes e princesas encantadas em vez de pessoas de carne e osso e com objectivos e sonhos irrealistas em vez de coisas concretas e realizáveis. Como tal aquilo a que aspiram é-lhes muito mais difícil de alcançar, sentem-se muito mais frustradas por o não conseguirem. Baixar a fasquia é por vezes uma forma de não entrar em depressão, é uma forma de assegurar êxito nas nossas conquistas e não é sinal de fraqueza, pois uma grande guerra não é ganha de uma só vez, mas sim à custa de muitas e pequenas vitórias.

Ninguém pode com um deprimido!

Ver fonte da imagem Quando alguém está de bem com a vida, sem problemas do foro mental, tudo à sua volta corre bem. Mesmo que não corra, os ...

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