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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Teoria da Relatividade

Pequeno ou grande, mais ou menos, lento ou rápido, etc, só faz sentido quando haja um factor de referência em relação ao qual se possam fazer comparações. A Teoria da Relatividade de Einstein vigora não só na física mas em todas as dimensões da nossa vida (adaptada, claro está). Quer isto dizer que se compararmos, tudo fica mais fácil.

Relativizar é uma forma de combater a depressão. As pessoas deprimidas tendem a dar muito ênfase aos seus problemas, a dar demasiada importância a pormenores e a ter a ideia de que sofrem mais que os outros. Focalizam-se demasiado em si mesmas e abstraem-se do resto do universo. Desta forma, eliminam inconscientemente o factor de referência e abstêm-se de fazer comparações correctas. Toda a sua atenção está virada para si mesmas e mergulham em pensamentos pessimistas, atitudes negativas e sentimentos de culpa e de inferioridade. Mas há uma forma de mudar as coisas: comparar.


Quantas vezes não nos fartamos de chorar porque não somos amados, somos feios, não temos sucesso, etc.? Temos que perguntar, pois, qual o factor de referência que usamos para chegarmos a tal conclusão. Muitas pessoas não usaram nenhum, outras usaram modelos de topo para o fazerem. E que tal pensar em todas as pessoas que estão em pior situação que nós? Não temos um grande amor? Tivemos certamente uma mãe, um pai ou um irmão que nos amou muito. Há quem nem isso tenha tido; temos um nariz grande? Pelo menos situa-se dentro da normalidade. E aqueles que nasceram com uma qualquer deficiência física?; Estamos desempregados e sem dinheiro para ir ao supermercado? Pelo menos temos um tecto, água para beber e alguma roupa para vestir. Vemos todos os dias pessoas que não têm mais que a rua para dormir e vivem da esmola alheia. Quem somos nós para nos deprimirmos alegando razões tão fúteis?! Porque são razões fúteis se não as compararmos só com os melhores, os que têm mais ou os que são mais que nós.


Para sermos justos, temos que alargar a nossa comparação a todos aqueles que são piores, que têm menos ou que são menos que nós. Existem no mundo inteiro provavelmente mais pessoas em piores condições do que em melhores. Além disso, não passamos de seres minúsculos quando pensarmos na vasta dimensão do universo que nos rodeia, um grão de pó entre o pó das estrelas de que somos feitos. Somos apenas isso e nada mais. Pó de estrelas que um dia se transformou em vida e donde brotou consciência. Vale a pena pensar nisto!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Abdicar do prazer?

Decerto algumas pessoas com depressão já tomaram determinados anti-depressivos que as ajudaram imenso a retomar a vida normal e ver de novo a vida a cores. Contudo, de entre os efeitos secundários desses medicamentos, é comum encontrarmos o aumento de peso e diminuição da líbido. Olharmo-nos ao espelho e vermo-nos gordos ou experimentar uma roupa e esta não nos servir não nos faz sentir bem. Temos que aprender a viver com isso, podemos fazer algum exercício para compensar, fazer dieta, enfim. O pior é quando se trata da diminuição da líbido. O que podemos fazer quanto a isso? Um exemplo típico de uma das substâncias de que falo é a paroxetina, mas há muitas outras. Realmente sentimo-nos melhor a nível geral. Mas e o prazer do corpo? Em que lugar fica? Pagamos o bem estar a outros níveis com a diminuição da líbido, por isso estamos a trocar um prazer por outro. Resta saber qual deles é o mais importante, ou se é possível estabelecer um grau de importância para estes prazeres. Afinal o desejo sexual contribui para o bem estar geral. Teremos que viver sem uma parte desse bem estar.


É claro que seria pedir demais que os medicamentos para a depressão - como qualquer outro - não tivessem efeitos secundários. Falo neste especificamente porque me parece contraditório tendo em conta o objectivo para que é prescrito. Além do mais, vai muito mais longe do que o próprio prazer individual do corpo. Imaginemos que a pessoa que toma o medicamento é recém-casada. A diminuição da líbido neste caso pode funcionar como desestabilizador do casamento. É uma situção difícil de contornar, já que é impossível obter os benefícios sem custos, ou seja, neste caso, ter medicamentos sem efeitos secundários.


Devemos então esperar curar-nos da depressão para arranjar um(a) namorado(a) por exemplo? É certo que não devemos tomar grandes decisões na nossa vida enquanto estivermos deprimidos, mas o que referi parece ridículo. A solução passa pela prescrição de outro medicamento que não tenha este efeito, em sua substituição? E se este for o indicado? Encontramos várias perguntas sem resposta sobre as quais se calhar nunca nos detivemos a pensar. A verdade é que tal como no caso do aumento de peso, temos que encontrar formas de contrariar este efeito. Alguma sugestão? Se alguém tiver, por favor diga...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Arte-terapia


Muitos terapeutas aconselham os seus pacientes a dar asas à sua criatividade como forma de terapia. Na verdade, toda a arte é uma forma de terapia. Apreciar algo belo, só por si, melhora o estado de espírito, cria bem estar. Mas fazer algo belo, faz ainda melhor: tem um efeito libertador.
Pegar num pincel e dar umas pinceladas numa tela, num instrumento musical e tocar algumas notas, num pedaço de barro e dar algumas formas, ainda que não saiam daí mais do que esboços, foram gerados pela nossa criatividade. São unicos, têm impressos o nosso cunho pessoal. É preciso copiar para fazer igual. Se trabalharmos melhor, no sentido de terminarmos aqueles esboços, o que temos sãos obra primas. Podem não ter sido criadas por um Mozart ou um Picasso, mas são tão preciosas quanto as suas. Se olharmos com atenção, transpomos para elas pedaços da nossa história, da nossa personalidade, dos nossos desejos. Exorcisamos os nossos medos, a nossa raiva, libertamos o nosso outro eu, o nosso génio escondido, o nosso poder, manifestamos o nosso amor, o nosso desagrado, a nossa frustração.
Assistimos ao nascimento de uma nova forma de terapia: a Arte-terapia, como co-adjuvante das terapias tradicionais que conhecemos. A depressão encontra assim outra forma de ser vencida. Um bom terapeuta, avaliando uma obra de alguém consegue desvendar parte da história não dita do seu paciente, se tiver sensibilidade para tal. Poderá também ajudar essa pessoa a perceber através da arte o porquê da sua depressão e como cura-la. Por exemplo, se uma pessoa persiste em pintar uma tela toda de negro, colocar cores alegres será uma forma de impôr ao seu espírito uma imagem positiva da vida.
A Arte-terapia é pois um tipo de psicoterapia como outro qualquer, que utiliza a expressão artística como instrumento para atingir os seus fins. Ela é principalmente eficaz quando a expressão verbal é insuficiente, quando os pacientes têm dificuldade em falar sobre o que sentem, facilitando assim a comunicação. Geralmente implica duas ou mais sessões semanais e implica do psicoterapeuta uma postura analítica. Recorre-se a simbologia a metáforas para dizer os "não-ditos", de forma a que o impacto seja atenuado. Dá-se-lhes sentido e consegue-se desta forma proceder a uma reparação.
Pintar, dançar, escrever, esculpir, etc, pode ajudar a vencer a depressão. Quer recorra a um atelier de Arte-terapia, quer o faça em privado, porque não tentar?

domingo, 16 de novembro de 2008

O que é a depressão?


"Estou triste. Tudo o que vejo à minha frente são portas fechadas, não tenho ânimo para nada." Já todos ouvimos estas palavras vindas de alguém ou ditas pela nossa própria boca. Por vezes trata-se de algo superficial, passageiro, outras de algo mais severo, duradouro e de cariz patológico. Trata-se de Depressão. Viver esta experiência marca. Foi por isso que decidi investigar sobre o tema e outros que lhe estão associados de forma a compreender a razão dos meus sentimentos.


A depressão afecta toda a vivência de uma pessoa, muitas vezes a sua vida familiar, profissional e social também sofrem, muitas vezes devido ao estigma que lhe está associado. Para a sociedade em geral, não é concebível que alguém possa estar deprimido: o marido espera que a esposa esteja sempre com um sorriso entusiástico, a mãe espera que o filho se sinta sempre motivado para as suas actividades diárias, o patrão espera que o seu empregado produza o mesmo todos os dias sem excepção, os amigos esperaram que o amigo esteja sempre animado como sempre esteve. Se não se corresponde a estas expectativas, é-se posto de lado, as pessoas chateiam-se e afastam-se. Simplesmente não compreendem.


Afectando todas as pessoas em todas as idades e em todas as camadas sociais, a depressão afecta o humor, a visão sobre a vida, o comportamento e até algumas funções corporais, como o sono ou a alimentação.


Geralmente o primeiro sinal de depressão é uma mudança do comportamento normal, mas nem sempre isso acontece. Há histórias de pessoas a quem é diagnosticada depressão que procuram ajuda porque são obesos ou porque sentem impotência sexual. As observações dizem que somente um número reduzido de pessoas deprimidas procura ajuda. Na verdade, quem está "em baixo" tem dificuldade em acreditar em que algo positivo lhe aconteça, tem um profundo sentimento de desesperança que não lhe permite acreditar que alguém o possa ajudar. Por essa razão a ajuda da família e dos amigos é essencial. Sendo detentores do "estado normal" podem não só aperceber-se da situação mesmo que a pessoa deprimida não o reconheça e levá-lo a procurar ajuda.

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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