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sábado, 14 de março de 2009

Tomar Medicamentos e Trabalhar


A depressão impede-nos por vezes de trabalhar ou de assistir às aulas. Para que possamos levar uma vida normal tomamos medicamentos. Mas como vivemos depois o nosso dia a dia sob o efeito desses medicamentos?


Cada medicamento produz os seus efeitos secundários específicos e cada pessoa reage ao mesmo de forma única. Porém, a sonolência, excitação, secura de boca, desconcentração, tonturas e outros podem ser alguns dos mais incomodativos. Muitas pessoas, após um período de interrupção no trabalho ou estudos regressam e procuram ter uma vida o mais normal possível, como é suposto ser o objectivo das terapias anti-depressivas. Porém confrontamo-nos muitas vezes com as exigências das nossas tarefas e os efeitos secundários dos medicamentos que tomamos. Para quem trabalha num escritório por exemplo, sentado todo o dia a uma secretária a executar tarefas rotineiras, o sono ataca quando não é de todo desejado e é por vezes muito difícil fazê-lo ir embora, por mais cafés que se tomem; outro exemplo é a falta de concentração nos estudantes quando assistem a uma aula e nada lhes ficou na memória, ou as tonturas para um construtor civil que trabalha em edifícios altos. Poder-se-ia dizer que pessoas com estas profissões deviam ficar de baixa até que terminassem a medicação. Mas na sociedade em que vivemos, pelo menos a portuguesa, ficar de baixa muito tempo por vezes implica a perda do emprego. Além disso muitas pessoas têm que tomar este tipo de medicamento praticamente toda a vida e não querem nem podem abdicar da vida activa tão precocemente.


Trabalhar pode-se tornar difícil nestas condições. O pior é que muitas vezes o chefe também nota e das duas uma: ou conhece a situção e entende-a, ou simplesmente atribui àquele funcionário o rótulo de ineficiente ou improdutivo. Muitas vezes até conhece as causas e simplesmente não aceita que algum seu subordinado possa ter problemas psicológicos, devido ao estigma de loucura que ainda se associa a isso. Quer por uma razão ou por outra não é fácil trabalhar sob o efeito de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, nem é aconselhável ficar em casa a curar uma depressão, não só porque por vezes o isolamento e a inactividade pode até acentuá-la mas sobretudo devido à realidade que temos no emprego em Portugal.


Algumas pessoas optam por vezes por nem sequer consultarem um terapeuta, com medo das consequências de que falei. Então a situação vai-se agravando até culminar numa depressão grave que poderia ter sido travada a tempo de evitar chegar a tanto e muito sofrimento teria sido evitado. Esperamos que haja mais compreensão por parte da classe empregadora, menos estigma relacionado com o tema e cultura - acho que é uma questão de cultura - em relação a toda a sociedade, para que não associem imediatamente as palavras "psicólogo", "psiquiatra", "anti-depressivos", "ansiolíticos" e outras semelhantes, a "loucura".

domingo, 1 de março de 2009

Medo do Sucesso

Desde as tarefas mais insignificantes das nossas vidas até às maiores, todos dizemos que ambicionamos o sucesso. Porém, por vezes falhamos justamente naquilo onde julgamos ser mais importante para nós alcançá-lo. Sentimos que nos esforçamos tanto, que concentramos todas as nossas forças naquele objectivo concreto e no entanto, na hora H, surge algo que compromete os resultados, culminando em fracasso todo o nosso empenho. Por vezes situações destas ocorrem repetidas vezes ao longo das nossas vidas e chegar ao "quase consegui" parece constituir uma espécie de padrão. Temos consciência que trabalhamos arduamente para o fim a que nos propusemos, não faltaram apoios, porque falhamos então? Culpamos a falta de tempo, a constipação que surgiu à última da hora, o transito, a chuva... tudo, excepto nós mesmos. Não temos consciência que por vezes, somos nós próprios que criamos aquilo que grandiosamente nos levaria ao sucesso, mas que inconscientemente abortamos todas as possibilidades de esse momento ocorrer.

Parece contraditório querermos tanto algo e sabotarmos os nossos próprios planos. Afinal de contas, não temos culpa de adoecermos ou de ter havido um acidente que empatou o trânsito. Isso não depende de nós, pensamos. Mas a história não é bem assim. Imaginemos alguém, vamos chamar-lhe João, que trabalhou durante seis meses num projecto que tinha que apresentar numa reunião da qual dependeria o aumento do seu salário e categoria profissional dentro da empresa onde trabalha.

O nosso inconsciente trabalha de forma independente, não é comandado pela nossa vontade explícita. É um armazém de dados e gere a informação baseada nos mesmos, aqueles que a mente consciente já se esqueceu ou nem sequer se apercebeu de que existiram. Tem um poder incrível para agir por detrás do pano. Por isso não nos apercebemos da sua actuação.

Voltando ao caso de João. Na véspera da reunião apanhou uma constipação que o deixou rouco. Apesar de tudo, resolveu ir na mesma. Meteu-se no carro e deparou-se com uma fila de trânsito enorme que lhe gorou todas as perspectivas de chegar à hora agendada. Parece apenas uma questão de azar. Mas analisando bem as coisas, o azar por vezes não chegar para justificar todos os fracassos.

João de uma família onde o pai era demasiado autoritário e a mãe demasiado submissa, onde sempre foi tratado como um bebé, apesar de ter crescido, ser muito inteligente e ter imensas capacidades. Contudo, nunca foi elogiado pelos seus sucessos, nem mesmo os maiores, e sempre lhe apontaram os erros e os pontos fracos de forma demasiado frequente e destrutivamente crítica. "Tu não és capaz", "Não te vão escolher", "Não sabes nada da vida"... foram frases como estas que João ouviu toda a sua vida. Por mais que actualmente pense o contrário, o seu inconsciente registou estas ideias negativas e no momento de tomar uma decisão, influenciam o resultado. Ele não se apercebeu, mas foi o seu inconsciente que debilitou o seu sistema imunitário, justamente numa altura crucial, de forma a que ele facilmente contraísse uma constipação. Por outro lado, na altura de iniciar a viagem, dirigiu o seu pensamento para todo o lado excepto para aquele que mais interessava no momento: fez com que se "esquecesse" de verificar as notícias sobre o trânsito e procurar caminhos alternativos de forma a evitar a fila e chegar assim a horas. Em vez de culpar o azar pelo sucedido, se há culpados, é o próprio João. Mas é claro que ele não sabe que foi o responsável por impedir o seu próprio sucesso.

Porque fez isso? Porque haveria alguém de trabalhar tanto para no último minuto deitar tudo a perder? Não acreditar verdadeiramente em si e ter medo do próprio sucesso. Medo de não saber lidar com ele. Porque toda a vida nunca foi os seus pequenos (e grandes) sucessos foram esquecidos, porque passou a acreditar no seu íntimo que não seria capaz. Ascender a um nível superior (como no caso de João a uma superior categoria profissional) acarreta também mais responsabilidades, a atenção recai mais sobre si. Pessoas como o João habituaram-se a viver na sombra, não gostam muito das luzes da ribalta e facto de terem interiorizado aquelas frases que repetidamente ouviram dizer dos seus pais ou familiares directos criaram nelas um medo de subir os degraus que levam ao sucesso. Por isso, por mais que conscientemente lutem contra isso, o seu inconsciente mexe os cordelinhos de forma a abortar os seus planos.

O João personaliza muitas pessoas anónimas que provavelmente nesta altura estão a ler este post. É difícil acreditar que o que estou a escrever aqui seja verdade, mas é-o de facto. Pode haver mais razões para que isto aconteça, como a previsão das consequências em relação por exemplo a uma mudança de local, o sentimento de culpa, etc. Mas vale a pena pensar sobre isso e em vez de culpar o azar pelos nossos fracassos, revermos o nosso inconsciente e começarmos por "tratá-lo" antes que ele nos trame outra vez.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Abdicar do prazer?

Decerto algumas pessoas com depressão já tomaram determinados anti-depressivos que as ajudaram imenso a retomar a vida normal e ver de novo a vida a cores. Contudo, de entre os efeitos secundários desses medicamentos, é comum encontrarmos o aumento de peso e diminuição da líbido. Olharmo-nos ao espelho e vermo-nos gordos ou experimentar uma roupa e esta não nos servir não nos faz sentir bem. Temos que aprender a viver com isso, podemos fazer algum exercício para compensar, fazer dieta, enfim. O pior é quando se trata da diminuição da líbido. O que podemos fazer quanto a isso? Um exemplo típico de uma das substâncias de que falo é a paroxetina, mas há muitas outras. Realmente sentimo-nos melhor a nível geral. Mas e o prazer do corpo? Em que lugar fica? Pagamos o bem estar a outros níveis com a diminuição da líbido, por isso estamos a trocar um prazer por outro. Resta saber qual deles é o mais importante, ou se é possível estabelecer um grau de importância para estes prazeres. Afinal o desejo sexual contribui para o bem estar geral. Teremos que viver sem uma parte desse bem estar.


É claro que seria pedir demais que os medicamentos para a depressão - como qualquer outro - não tivessem efeitos secundários. Falo neste especificamente porque me parece contraditório tendo em conta o objectivo para que é prescrito. Além do mais, vai muito mais longe do que o próprio prazer individual do corpo. Imaginemos que a pessoa que toma o medicamento é recém-casada. A diminuição da líbido neste caso pode funcionar como desestabilizador do casamento. É uma situção difícil de contornar, já que é impossível obter os benefícios sem custos, ou seja, neste caso, ter medicamentos sem efeitos secundários.


Devemos então esperar curar-nos da depressão para arranjar um(a) namorado(a) por exemplo? É certo que não devemos tomar grandes decisões na nossa vida enquanto estivermos deprimidos, mas o que referi parece ridículo. A solução passa pela prescrição de outro medicamento que não tenha este efeito, em sua substituição? E se este for o indicado? Encontramos várias perguntas sem resposta sobre as quais se calhar nunca nos detivemos a pensar. A verdade é que tal como no caso do aumento de peso, temos que encontrar formas de contrariar este efeito. Alguma sugestão? Se alguém tiver, por favor diga...

sábado, 31 de janeiro de 2009

O que nos faz escolher de quem nos aproximamos?


De entre as últimas pessoas que conheci, uma delas destacou-se e dei-lhe mais atenção do que às restantes. Sempre que conhecemos alguém fazemos imediatamente, consciente ou inconsciente uma avaliação e com base nela investimos ou não, se se proporcionar, numa aproximação. Muitas podem ser as razões que fazem isso acontecer, mas a verdade é que todas elas estão relacionadas com o universo pessoal do avaliador. As regras não são universais. Muitas vezes vemos no outro uma semelhança connosco, criando desta forma empatia, outras é o aspecto físico ou o humor que faz valer os seus trunfos, outras ainda, o que nos aproxima é a oposição, ou seja, o outro é o oposto daquilo que somos, daquilo que vivemos.


No meu caso particular, reconheço que o que me aproximou foi o facto de encontrar naquela pessoa uma forma positiva de estar na vida, o facto de perceber que aquele ser humano estava a viver as suas experiências, decerto semelhantes às de qualquer outro, inclusivé as minhas, com uma atitude construtiva, de não estar preso ao passado, de viver os momentos no presente, de ter a cabeça no sítio onde está o corpo, de acreditar que o futuro será sempre melhor que o presente. Isto parece á partida dever corresponder à forma como qualquer pessoa vive a vida, mas a verdade é que poucos de nós conseguimos fazê-lo. Há sempre algo que nos puxa para trás, que não nos deixa ser felizes, tememos o futuro. Além disso, quantos de nós acreditam?


Acreditar dá-nos força uma incrível, uma energia que se manifesta no brilho do olhar e que é visível; ser positivo é sinónimo de auto-confiança e quem a tem transpira-a; viver no presente e com a cabeça no sítio do corpo é sinal de inteligência emocional e manifesta-se em cada gesto, em cada palavra. Esta pessoa, com todas estas características, representa, para a minha escuridão, um raio de luz. Para quem vive numa nuvem negra, habituamo-nos a encontrar pessoas como nós: negativas, pessimistas, com baixa auto-estima, inseguras. Encontrar pessoas assim faz-nos ver que há luz ao fundo do túnel. Estas pessoas fazem-nos acreditar, essa palavra mágica capaz de nos resgatar da nuvem. Funcionam como um modelo a seguir, uma fonte inspiradora.

Não sei se amanhã ainda continuarei manter contacto com esta pessoa. Mas ainda assim valeu o hoje, aprendi uma enorme lição: há formas de levar a vida, que embora nos pareçam estranhas, são decerto mais saudáveis e maduras e é a minha que está errada.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Arte-terapia


Muitos terapeutas aconselham os seus pacientes a dar asas à sua criatividade como forma de terapia. Na verdade, toda a arte é uma forma de terapia. Apreciar algo belo, só por si, melhora o estado de espírito, cria bem estar. Mas fazer algo belo, faz ainda melhor: tem um efeito libertador.
Pegar num pincel e dar umas pinceladas numa tela, num instrumento musical e tocar algumas notas, num pedaço de barro e dar algumas formas, ainda que não saiam daí mais do que esboços, foram gerados pela nossa criatividade. São unicos, têm impressos o nosso cunho pessoal. É preciso copiar para fazer igual. Se trabalharmos melhor, no sentido de terminarmos aqueles esboços, o que temos sãos obra primas. Podem não ter sido criadas por um Mozart ou um Picasso, mas são tão preciosas quanto as suas. Se olharmos com atenção, transpomos para elas pedaços da nossa história, da nossa personalidade, dos nossos desejos. Exorcisamos os nossos medos, a nossa raiva, libertamos o nosso outro eu, o nosso génio escondido, o nosso poder, manifestamos o nosso amor, o nosso desagrado, a nossa frustração.
Assistimos ao nascimento de uma nova forma de terapia: a Arte-terapia, como co-adjuvante das terapias tradicionais que conhecemos. A depressão encontra assim outra forma de ser vencida. Um bom terapeuta, avaliando uma obra de alguém consegue desvendar parte da história não dita do seu paciente, se tiver sensibilidade para tal. Poderá também ajudar essa pessoa a perceber através da arte o porquê da sua depressão e como cura-la. Por exemplo, se uma pessoa persiste em pintar uma tela toda de negro, colocar cores alegres será uma forma de impôr ao seu espírito uma imagem positiva da vida.
A Arte-terapia é pois um tipo de psicoterapia como outro qualquer, que utiliza a expressão artística como instrumento para atingir os seus fins. Ela é principalmente eficaz quando a expressão verbal é insuficiente, quando os pacientes têm dificuldade em falar sobre o que sentem, facilitando assim a comunicação. Geralmente implica duas ou mais sessões semanais e implica do psicoterapeuta uma postura analítica. Recorre-se a simbologia a metáforas para dizer os "não-ditos", de forma a que o impacto seja atenuado. Dá-se-lhes sentido e consegue-se desta forma proceder a uma reparação.
Pintar, dançar, escrever, esculpir, etc, pode ajudar a vencer a depressão. Quer recorra a um atelier de Arte-terapia, quer o faça em privado, porque não tentar?

sábado, 3 de janeiro de 2009

Viver Com Depressão | Grupos Google

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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Amor e Amor-Próprio

"Só há um tipo de amor que supera tudo: o amor-próprio". Esta frase é repleta de significado. Mais do que dizer que a auto-estima é fundamental para que possamos ultrapassar os obstáculos que se nos deparam ao longo das nossas vidas, também nos elucida sobre o verdadeiro sentido do amor. O amor-próprio é o único que é verdadeiramente forte, independente e auto-suficiente, como uma construção de bases sólidas que facilmente suporta as intempéries e continua de pé, passível de ser aumentada e albergar hospedes nas suas divisões. Mais que um amor egoísta e egocêntrico, o amor-próprio é como uma chama que ao arder aquece também aqueles que estão próximos. É impossível pois, aquecer (amar) os outros, se a chama não estiver fortemente acesa em nós próprios (se não nos amarmos a nós próprios).
A sociedade em que vivemos incute-nos a ideia do amor omo algo que apenas faz sentido quando vivido a dois. Desde a literatura ao cinema até aos nossos pais e amigos e ao vizinho do lado, sempre nos foi passada a mensagem de que a felicidade passava pelo encontro da alma-gêmea, o ser que nos completa, porque somos uma metade procurando a outra metade: o amor assentava numa procura permanente seguida de consequente insatisfação e frustração, pois não se pode fazer depender de ninguém nem de nada a nossa felicidade, mas apenas de nós mesmos. A palavra dependência só por si gera infelicidade. Baseado neste conceito de amor com que convivemos durante toda a nossa vida, a moioria de nós nunca o buscou no lugar mais óbvio e apropriado: dentro de si mesmo.
Quando nos amamos a nós próprios encontramos verdadeiramente a liberdade, porque estamos livres da dependência. Não procuramos porque já encontramos, já não sentimos nenhum vazio dentro de nós o qual ansiamos por preencher. A vida torna-se assim menos pesada, pois há um fardo enorme que deixamos de suportar. Não devemos querer carregar outrém com a responsabilidade de perfazer a nossa unidade (que julgamos ficar completa apenas com duas metades, duas pessoas). Não temos sequer esse direito.
Quando enfim livres encontramos alguém a quem amar, amamo-lo de forma diferente, de forma plena, porque não temos nada para lhe exigir, mas somente algo para lhe dar. Não esperamos que nos preencha, que nos complete, mas apenas desfrutamos do prazer desse amor. Desta forma o que recebemos também nos parece mais, porque não está a ser pedido, e na medida em que nos sentimos bem com nós próprios também estamos em condições de dar mais. As relações assentam em bases mais saudáveis e sólidas.
Pedir ao outro que nos ame em substituição de nós próprios é transferir responsabilidades. Geralmente fazemo-lo inconscientemente, sem sequer perguntar, sem obter aprovação do outro lado. Trata-se claramente de uma injustiça, mas claro que estas não chegam às barras dos tribunais. Contudo sabemos que aquilo que não é equilibrado tende para o equilíbrio e as construções que não assentam em bases sólidas facilmente se desmoronam.
Actualmente a sociedade está a mudar um pouco a sua visão do conceito de amor. Mas a avaliar por aquilo que vemos à nossa volta, ainda nem sequer estamos preparados para nos aceitarmos como somos. Somos bombardeados com falsos exemplos de felicidade, baseados em padrões impossíveis de alcançar pela maioria dos mortais, assentes no consumismo e no materialismo, somos impelidos a esquecer os valores mais intrínsecos da vida humana. Não nos amamos porque amamos o ideal que queremos atingir, quando o importante é o presente e o que realmente somos, quer corresponda ou não a esse ideal; procuramos o amor no outro porque acreditamos que somos metades à procura da outra metade que completa um todo quando na verdade somos um ser inteiro por definição. E assim vamos perdendo o nosso tempo e gastando a nossa energia sem nunca encontrar a verdadeira felicidade...

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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