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domingo, 10 de maio de 2015

É proibido ter vida pessoal!

Este post é uma cópia integral do blog farinhademandioca.wordpress.com/ (link), pois expressa exactamente o que se passa com a maioria das relações laborais em Portugal, ainda que por vergonha ou medo, muitos funcionários continuem achando que está tudo bem, e que têm é sorte por terem emprego.

"É PROIBIDO TER VIDA PESSOAL



A ordem é trabalhar. Você trabalha pouco e vive muito. Está na hora de parar de viver. Quer moleza? Senta no pudim. Engole o choro. Onde já se viu chorar no trabalho?

Vai, anda, baiano folgado. Está com saudade da mamãe? Trabalha que passa. Tem uma fila enorme na porta querendo seu lugar.

Não está conseguindo trabalhar? Pede mesada pro papai. É isso ou não é nada. Não está feliz? Vai embora.

É perda de tempo fazer curso de línguas ou um esporte para ficar em forma. Primeiro porque você não vai ter tempo de ir, segundo porque seu jantar vai ser pizza com coca pet.

Lembre-se da minha entrevista de emprego: perguntei se você morava só ou dividia apartamento, se tinha filho, se cursava uma universidade. Tem que ser bom e barato.
Quebrou o pé? Pega táxi. Não tem prazo? Vira a noite. Separou? Sorte sua. Cada um tem o que merece.

Que porra de trabalho é esse? Não tem medo de perder o emprego? Isso que dá contratar nordestino. Volta pra pátria que te pariu, filhote de cruz credo.

Nem seguro desemprego você merece. Vou te demitir por justa causa. Está no contrato. Quem mandou ter vida pessoal?"

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O sobrevivente

Fonte da imagem: www.jumbo.pt
Dois ratos caíram num balde de leite. Um deles afogou-se e morreu. O outro começou a dar às patinhas com toda a força que podia de forma a conseguir manter-se à tona. Tanto nadou, tanto nadou que, esgotado, desmaiou.
Na manhã seguinte, quando acordou, estava em cima de uma bola de manteiga.
Então o leiteiro veio, pegou no balde, viu o rato e matou-o
Eu sou o segundo rato.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Não fomos desenhados para ser infelizes

Fonte da imagem: http://kleluz.blogspot.pt/2012/12/infelicidade-alheia.html
O ser humano trás no seu ADN todas as directivas para formar um corpo físico, com todas as funcionalidades necessárias à vida e continuação da espécie, mas não só. Porque o ser humano não é só corpo mas é dotado de inteligência e consciência. Quer elas advenham ou não da organização física das células do nosso cérebro, à semelhança do ADN, foram criadas para serem perfeitas, dotarem o seu detentor de todas as funcionalidades que lhe são inerentes. 

Uma das "consequências" de sermos inteligentes e termos consciência é termos sentimentos. Os sentimentos advêm das emoções, mas têm muito a ver com a forma como lidamos com elas e da interpretação subjectiva que cada pessoa lhes dá. 

A estrutura básica das emoções não conduz à infelicidade enquanto sentimento predominante. As emoções, mesmo as negativas, duram apenas alguns minutos e têm funções específicas de sobrevivência e continuação da espécie. Ou seja, não foram concebidas para construir sentimentos de infelicidade, muito pelo contrário. Por exemplo, a emoção de tristeza, transversal a muitas espécies de mamíferos, perante a morte de alguém querido. Esta emoção negativa está ligada à emoção de amor. que queremos prolongar e que a morte nos impede de poder usufruir dela. Mesmo nestes casos, deverá ser limitada no tempo, sobrepondo-se a ela todas as outras que impelem o ser para o fim para o qual foi desenhado: sobreviver. Para sobreviver necessitamos de procurar alimento, cultivar relações de amizade/amor, procurar segurança e conforto. Esta busca activa não se coaduna com um estado de infelicidade, que não é mais do que a resignação a um estado de sofrimento. A procura activa da felicidade elimina a infelicidade proveniente do sofrimento, pois actua como um propulsor que nos obriga a seguir em frente e não a parar e ter pena de nós mesmos.

Se foi desta forma que fomos construídos, desde a nossa concepção no ventre materno, porque então tantas pessoas são infelizes? O que correu mal? O que correu mal é que o ser original foi influenciado por tantas coisas que mal se vislumbra por baixo de tantas influências. A forma como fomos ensinados ou as experiências que fomos adquirindo moldaram-nos. O livre arbítrio que tínhamos inicialmente foi substituído por um conjunto de "instruções" que consciente ou inconscientemente damos a nós próprios sobre como lidar com as nossas emoções. E, quer acredite quer não, por vezes essas "instruções" conduzem-nos à infelicidade, mesmo que provenham de nós próprios.  São como um desenho ao qual se vão acrescentando pormenores à medida que caminhamos pela vida. A dada altura, a imagem já não tem nada a ver com a inicial, e nem sequer sabemos que traços apagar, nem sequer quais os quer foram acrescentados.

Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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