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domingo, 19 de julho de 2020

Pessoas deprimidas sugam energia como um buraco negro

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É muito difícil sofrer de depressão. Quem passa por isso sabe bem. Aquela sensação de mal estar, de se sentir o pior do mundo e de ninguém nos entender. Ninguém nos entender.... esta questão tem que ser analisada mais ao pormenor. 
Lidar com uma pessoa com depressão é simplesmente esgotante. É como se essa pessoa fosse uma espécie de buraco negro, sugando tudo à sua volta. Cada um anda a fazer o que pode para manter os níveis de felicidade, energia, auto-estima, entre outras coisas positivas de forma a se sentir bem. E trata-se de uma luta constante, diária, para cada pessoa, mesmo que seja super-saudável. Esta luta é individual, ou seja, os resultados que se conseguem dão apenas para uma única pessoa. 
Por outro lado o indivíduo deprimido tem um défice muito grande delas. Sem estar preenchido, funciona como um iman, tentando atrair o que está à sua volta. E o que faz? Vai buscar aos que o rodeiam, principalmente aos que mais gostam dele. Estes ficam com níveis mais baixos, mas por sua vez o deprimido não fica com níveis mais altos, pois o consumo faz-se a níveis diferentes do normal. 
As consequências é que os familiares, amigos, colegas, etc, se sintam mal, esgotados. E isso é justamente o que uma pessoa minimamente saudável a nível emocional e psíquico tende a evitar. Por isso tendem a afastar-se, a ignorar, a não entender. É  o instinto de sobrevivência a funcionar.
Se estiver deprimido não julgue quem não o entende. Procure entender antes o impacto que a sua situação  tem nos outros.

sábado, 2 de maio de 2020

Como o inconsciente encara a Pandemia?

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Neste contexto inédito para a maioria de nós, é imperioso o auto-controlo, a todos os níveis, começando pelo emocional, pois com este descontrolado tudo o mais descamba. Muito se tem falado de que ter ansiedade, sentir-se inseguro, é normal. Mas para aqueles que viviam antes estes problemas, para os quais os mesmos começaram muito antes de o novo coronavirús ser um problema, certamente os níveis do "normal" não se adequam.
Primeiro, há que perceber de onde vem a ansiedade e insegurança que os afligia. Existe algo que as desencadeia e, uma vez que vive no subconsciente, provavelmente em contradição com o consciente, não se conseguem controlar. A adição de um novo problema pode não ser prejudicial. Pode ser encarado com o um desafio, pode ser visto como uma "esperança" para curar os problemas anteriores.
Quem sofre anseia por um mágico, um milagre, que os retire desse sofrimento. E esta pandemia, este isolamento forçado, pode ser esse mágico! Vai haver uma mudança de certeza. Pode ser a nível profissional, familiar, financeiro, de saúde, mas vai haver. O desejo de mudança está prestes a ser cumprido.
Vou dar um exemplo concreto: Se o que está a causar ansiedade é o autoritarismo vivido em criança no ambiente familiar, atualmente poderá ser desencadeada pelo ambiente profissional, em que o patrão representa o pai. Mas como o salário é bom e até se gosta da profissão, o consciente não ve o patrão como causa de mal algum. E não é, é a associação que o inconciente faz relativamente a situações não resolvidas do passado.
Mas como pode a pandemia potencialmente curar este sofrimento? Uma das mudanças imediatas que introduz poderá ser o isolamento forçado e consequente afastamento do local de trabalho e do patrão. A longo prazo, poderá significar perda do emprego. Será um alívio a curto prazo. Quanto a perda do emprego, que implicaria passar necessidades, quando comparados com o sofrimento actual, poderá apenas resumir-se numa palavra: liberdade. Qualquer coisa que liberte esta pessoa daquilo que a faz sofrer atualmente será bem vindo. Quanto ao sofrimento futuro, além de incerto, é algo para se preocupar na devida altura. Aliviado deste, certamente se encontrará em melhores condições de lidar com o futuro. Este exemplo aplica-se a uma imensidão de casos.
Tudo é muito mais complexo, cada pessoa é um mundo e este tema daria para uma tese de doutoramento.
O importante neste post é que qualquer coisa que consigamos compreender é um passo para nos libertarmos do sofrimento e que n
em sempre o mal que nos atinge tem efeitos nefastos para a nossa felicidade.

terça-feira, 31 de março de 2020

Pandemia: o encontro com nós próprios

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Como é que um bichinho tão minúsculo que é invisível consegue dar a volta ao mundo? Nada jamais será como era. Escondido atrás das mudanças visíveis ou previsíveis, está algo completamente desconhecido e imprevisível, com um potencial de transformação muito superior ao do vírus: o encontro com nós próprios, isto é, com o nosso melhor amigo e o nosso pior inimigo.
Parece estranho o que acabei de escrever, mas vejamos: neste momento centenas de milhões de pessoas em todo o mundo estão confinadas às suas casas, sozinhas ou com um número reduzido de pessoas. A convivência permanenente com aqueles que só se viam de manhã e à noite ou em fins de semana e ferias controladas pela hora de voltar ao trabalho ou à escola e partilhadas com todo o tipo de distrações convidadas, só pode ter consequências. E não é por acaso que se convidam tantas distrações: fazemos-lo como forma de evitar o confronto com o outro e connosco. Temos medo de ficar sozinhos, temos medo de nos ouvir, de nos sentir, de nos conhecermos e de conhecer o outro ou deixar que ele nos conheça. Porquê? Porque não saberíamos lidar com isso.
A intimidade assusta. Não a intimidade no sentido romântico do termo, mas a intimidade da aproximação a nível sentimental, emocional. Andamos constantemente a fugir disso, encontramos todos os subrefúgios para nos escondermos. E agora ficamos expostos. Expostos, dentro da nossa própria casa. De repente os espelhos falam connosco, de repente descobrimos que não sabemos quem é o outro que tão bem conhecíamos. De repente a estrutura de uma vida construída em função desta fuga de nós próprios, desmorona-se, não temos mais onde nos esconder. Lá fora, está o virus, dentro o desconhecido.
Nada poderá continuar como dantes. Experienciar esta vivência tem que ter consequências. A ver vamos.

 Este estado que vivemos em quase todo o mundo é um ponto de viragem para algo desconhecido. Mas não é só o vírus, que embora tenha criado uma situação inédita nos tempos modernos

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Somos bons e maus ao mesmo tempo

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Eu acho que não há pessoas boas nem pessoas más. Todos somos bons e maus ao mesmo tempo. Não tem a ver com as imperfeições em si, mas com as imperfeições que os outros percepcionam, ou com a nossa reacção à nossa percepção das imperfeições dos outros. Por isso eu já estou preparada para um dia todas as pessoas que eu conheço me magoarem, se afastarem, eu ter que me afastar. É como se fizesse parte da vida e eu já aceitei isso.

Quando conheço alguém, penso “esta pessoa vai embora algum dia, um dia vai ser má ou vai achar que eu fui má”. Isso não me afasta dela, convivo com ela como se achasse que ela irá ficar minha amiga para sempre. Se tiver que fazer bem, faço, muitas vezes aceito sacrificar-me para o bem dessa pessoa, mas de cada vez que o faço sei dentro de mim que essa pessoa um dia vai esquecer tudo isso e agir da mesma forma como se eu não tivesse feito nada. É a minha natureza ajudar, não posso fugir disso. O que eu fizer, mal ou bem, fica na minha conta, o que os outros fizerem fica na conta deles. Eu tenho que ser fiel a mim mesma, fiel à minha natureza e aos meus princípios, não os fazer depender dos outros.

Admito que eu sou exactamente igual a todo o mundo: tudo em mim só faz sentido para mim mesma. Tudo o que, de mim, os outros se apercebem é parcial. Falta-lhes estar “do lado de cá”, caso contrário só verão um cenário incompleto.

domingo, 18 de agosto de 2019

Cicatrizes do passado

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Muitas pessoas me apontam os meus defeitos, os meus erros, os meus falhanços. Baseiam-se em comparações com pessoas da minha idade e com a mesma formação académica. A maioria das pessoas compara, julga e tira conclusões sem saber o presente das pessoas, muito menos o passado.
O meu passado deixou cicatrizes. A parte visível, não é entendida, nem será entendida nunca, pois eu não faço questão de andar por aí a contar a minha história. As minhas cicatrizes fazem-me falhar constantemente em diversas áreas da minha vida. Limitam-me em muitos aspectos, com os quais tenho que lidar diariamente.
Mas pensam que me sinto incapaz, falhada? NÃO!! Nem um pouco! Porque eu sei que, para o que eu passei, sou uma heroína! Sobrevivi, física e mentalmente, quando eu sei que raras pessoas o teriam conseguido!
Julguem-me como quiserem. Não me importa minimamente. Importa apenas a ,minha versão. Afinal, só eu e Deus sabemos a história toda!

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O peso da esperança

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A esperança pesa. Custa a carregar. Porque se é esperança não é realidade ainda, é apenas a fé na realização de um desejo. Isso quer dizer que o presente não é perfeito, que a situação que se quer que mude está a causar algum tipo de sofrimento. E enquanto a esperança nessa mudança persistir, nada será alterado, caso contrário não seria esperança mas sim realidade.
É confuso, não é? Eu explico com uma situação concreta.
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Uma mulher vive momentos difíceis no seu casamento. O seu marido está constantemente a magoá-la. Ela vê o futuro muito incerto na relação. Como está, dói. Mas ela espera que a situação mude. Não conscientemente, porque o cérebro já percebeu que isso não vai acontecer. O cérebro sim, mas o coração não. Esse não consegue parar de acreditar que um dia tudo será como o seu desejo. Então tenta. TENTA. Esta é a palavra que pesa. Pesa porque implica sacrifício. Pesa porque é em vão. Pesa porque é trabalho a dobrar, dá muito trabalho o coração fazer o cérebro acreditar que a fé que tem, tem algum fundamento. Trava uma batalha contínua para que isso aconteça, consome toda a energia. Não resta mais para aquilo que é mais importante: ser feliz. Adia-se a felicidade por acreditar que a mesma só será possível quando tudo estiver bem na relação.
No dia que o coração, exausto, desistir da luta, será possível então canalizar a energia gasta para viver de verdade. Ninguém vive de verdade carregando o peso de uma relação, sabendo que a mesma só existe porque um deles está a tentar. Então e o outro? É como carregar um pedregulho. Conseguiria correr com um pedregulho atado ao tornozelo? Nem andar, não é mesmo?
Esperança é fé. Fé que não tem fundamento é ilusão. Ilusão é o engano dos sentidos e da mente.
Vale a pena pensar nisto.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Efeitos das benzodiazepinas a longo prazo

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Um dos medicamentos mais  úteis para quem sofre com transtornos mentais é sem dúvida as benzodiazepinas (BZD). 

Cientificamente falando, estes pertencem à  classe de fármacos psicotrópicos e à classe farmacêutica dos ansiolíticos. A sua estrutura química é a fusão de um anel de benzeno com um anel de diazepina. Estão aqui incluídos medicamentos como Valium, Lorazepan, Lexotan, etc. Os seus efeitos a curto prazo no controlo da ansiedade são bem conhecidos de todos. Contudo os efeitos a longo prazo, são controversos. 

Um dos riscos do uso prolongado é a dependência física e psicológica,associado à diminuição gradual da sua eficácia. Mas há outros. Por exemplo, os BZD reduzem significativamente a nossa capacidade de memorizar novas informações, daí que o seu uso prolongado interfere nos nossos processos cognitivos, dificultando a concentração, a capacidade de resolver problemas, relacionar ideias e deduzir informação (fonte). Muitas vezes o uso prolongado faz aparecer sintomas opostos ao desejado (efeitos paradoxais), como aumento da ansiedade, depressão, irritabilidade, despersonalização, psicoses, pesadelos entre outros. Ou seja, aquilo que é suposto combater, e que resulta bem a curto prazo.

Ultimamente têm sido feitos muitos estudos que revelam algo ainda mais assustador: A longo prazo, pessoas de idade mais avançada, podem desenvolver precocemente algumas formas de demência. Foi publicada em  2014 no British Medical Journal" uma pesquisa que relaciona o uso frequente e prolongado destas substâncias em idosos com um risco até 51% maior de desenvolver a doença de Alzheimer, uma das principais formas de demência e que afecta cerca de 36 milhões de pessoas. Apesar de não estar comprovado que existe causa directa, o estudo vem reforçar a suspeita que existia anteriormente da associação entre o remédio e a doença.

Apesar das suspeitas que existem à muito tempo, a verdade é que os terapeutas receitam benzodiazepinas por tudo e por nada. E o pior, é que isto é assim desde à décadas, estando agora os efeitos a fazer-se sentir em alguns indivíduos, sem forma de voltar atrás. Na esmagadora maioria das vezes, o paciente não é informado das consequências dos medicamentos que toma, muitas vezes até desconhece o quê exactamente é que está a tomar. Quem é que ouviu dizer do seu médico "não tome BDZ por muito tempo porque isso tem implicações a longo prazo na memória"?
Muito cuidado com estas "drogas legais", e converse com o seu médico sobre isto, quando tomar um medicamento, tome-o esclarecido!




Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

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